Rede inteligente de distribuição de energia – Smart Grids no Brasil?
Distribuição é um dos assuntos mais atuais quando falamos sobre tendências e sustentabilidade para o setor energético. Isso porque, atualmente, a distribuição é feita por uma única fonte geradora que, caso falhe, apresenta uma falta de abastecimento em toda a rede. Por isso, se torna mais prático e urgente a implantação de uma Smart Grid, uma nova forma de distribuição que, além de tudo, ainda mantém o formato de medição do consumo mais justo com o consumidor final.
A Smart Grid – ou rede inteligente de distribuição de energia – que automatiza e oferece um maior controle para eficiência energética e qualidade de consumo de energia. A proposta é simples: diversos dispositivos são interligados, como medidores, sensores, controladores e equipamentos micro processados instalados nos sistemas elétricos; ou seja, produtos de telecomunicação se juntam à tradicional infraestrutura de rede elétrica com objetivo de controlar e supervisionar o sistema.
Isso significa que, se uma pane ocorrer, por exemplo, a empresa geradora de energia sabe exatamente onde aconteceu a queda e em pouco tempo pode solucionar o problema.
Por mais que tenham vantagens óbvias, no Brasil ainda é um desafio. Primeiramente, porque há a dificuldade em evoluir drasticamente o setor de distribuição de energia. O modelo brasileiro não possui um sistema verticalizado, então separa geração, transmissão e distribuição. Além disso, não há investimento o suficiente para este setor, uma vez que para isso, uma das medidas seria aumentar as tarifas para o consumidor. Sem contar com a necessidade de criar novas possibilidades de obter receitas para sustentar este financiamento e, claro, da quantidade de medidores analógicos existentes no país.
De acordo com a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) há aproximadamente 65 milhões de medidores analógicos e a regulação dos modelos digitais ainda nem saiu do papel, mas a previsão é que isso mude em uma década.